quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Que Vontade de Desaparecer

Ontem tive consulta com a psicopedagoga e depois com o psicólogo. Conversei bastante com os dois sobre as dificuldades que venho passando nos estágios, não está sendo nada fácil.

Voltei pra casa após as consultas sentindo-me remobilizado. Sentei diante do computador e fui tratando de fazer o que tinha de pendência. Fiquei tão compenetrado que não olhei o primeiro tempo do jogo do Inter porque estava fazendo as transcrições fonéticas da minha paciente e quando a partida terminou, eram mais ou menos dez para meia noite, me sentei novamente na frente do computador e fiquei até 01h20min da manhã. Sem conseguir terminar o que tinha de pendência, fui pra cama, "morto" de cansado.

Antes de pegar no sono botei o relógio pra despertar as 04h00min da manhã para terminar minhas coisas, porém quando tocou o celular, ajustei para as 05h00min e depois para as 06h30min. É não deu pra terminar a avaliação da minha paciente que deveria entregar hoje para a professora.

Vim pra faculdade e para minha surpresa encontro o meu colega estacionando sua moto. Vou até o seu encontro e ele pergunta se havia aprontado os laudos dos pacientes para a supervisão geral. Quando ele perguntou isso, me deu um pavor, fiquei nervoso e sem saber o que fazer.

Descemos juntos até a entrada do prédio em que estudamos e encontramos uma colega, deixei os dois falando e fui direto para o laboratório de informática.

Precisa pensar no que fazer, mas não tinha idéia alguma a não ser escrever um e-mail para a professora explicando a minha falta e as dificuldades que venho passado.

Mandei o e-mail e depois de algum tempo obtive retorno, a professora pediu que mesmo assim fosse para a supervisão porque não poderia faltar de forma alguma.

Então me dirigi pra clínica escola de fonoaudiologia, só que não conseguia entrar na clínica de jeito nenhum, estava tenso e preocupado. Entrei no banheiro, olhei para o espelho e tentei tomar coragem. A principio deu certo, entrei na clínica, mas ao invés de ir para a sala de reuniões a onde ocorria a supervisão geral, fui direto para a minha sala a onde atendo os pacientes.

Sentei e apoiei os cotovelos na mesa, pensava "e agora?". Tentei ir pra sala de reuniões, mas não consegui, nisso uma colega passou pelo corredor e me viu, entrou na minha sala e expliquei a ela a situação.

Ela sugeriu que pegasse as pastas dos pacientes e tentasse esboçar alguma coisa e a principio concordei com a sugestão, porém sentia-me angustiado demais para pegar quatro pastas de pacientes e elaborar o laudo fonoaudiológico de cada um.

Levantei da cadeira e fui embora. Não deveria ter faltado a esta supervisão, mas se o fiz é porque estava nervoso, preocupado e também constrangido pelo simples fato de todos terem feito os laudos, menos eu. Apenas fiz um laudo que mandei para minha outra colega que atende comigo uma paciente com P.C (Paralisia Cerebral)

Sem saber o que fazer queria apenas sumir e aí fui à livraria conversar com o dono que é amigo do meu pai. Ficamos uma hora mais ou menos conversando até que comecei a entrar gente sem parar e aí acabei saindo.

Minha cabeça estava a mil e a primeira coisa que pensava era fazer a variabilidade de traços distintivos de uma paciente (é o que ela consegue falar e o que não consegue). Depois de muito tempo, acho que entendi como se faz isso. Não terminei agora, porém daqui a pouco concluirei.

Aproveitei o tempo ocioso para organizar as minhas pastas que estavam esculhambadissimas. Pelo menos agora cada coisa está no seu devido lugar.

Hoje é quinta-feira e amanhã é sexta. Pretendo colocar tudo em dia, chega de desorganização. Chega!

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